Um incêndio seguido de uma forte explosão na plataforma PCH-1, situada na Bacia de Campos, chocou a região na manhã desta segunda-feira (21). O incidente, ocorrido por volta das 7h25, resultou em 11 trabalhadores feridos, todos com queimaduras de diferentes graus, que foram prontamente encaminhados para unidades hospitalares em Macaé e Campos dos Goytacazes.

Segundo informações do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), a violência da explosão chegou a arremessar um dos empregados ao mar. O trabalhador foi resgatado por uma embarcação de apoio e recebeu os primeiros socorros a bordo, sendo posteriormente transferido por meio de um desembarque aeromédico. A Petrobras, em nota oficial, informou que o petroleiro está consciente e sofreu apenas queimaduras leves.

As chamas decorrentes da explosão foram rapidamente controladas pelas equipes de emergência que atuavam na plataforma. A estatal esclareceu que a PCH-1 não estava em operação desde 2020 e que, no momento do incidente, havia 176 pessoas a bordo.

Imagens impressionantes capturadas por embarcações que navegavam nas proximidades registraram uma densa e extensa coluna de fumaça elevando-se da plataforma, evidenciando a magnitude do ocorrido. Como medida preventiva, a Petrobras anunciou a retirada das equipes não essenciais da unidade, visando garantir a segurança e permitir uma avaliação completa da integridade das instalações. Além disso, a empresa informou que uma comissão interna será formada para investigar minuciosamente as causas do acidente.

O diretor do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, manifestou profunda preocupação com o ocorrido e atribuiu o acidente ao que ele classificou como um "sucateamento da indústria petrolífera na região". Em sua declaração, Borges afirmou: "Infelizmente, o que vemos hoje são as consequências práticas do desmonte da indústria nacional do petróleo. O sucateamento da Bacia de Campos, além dos prejuízos econômicos, coloca em risco a vida dos trabalhadores. Não é por acaso que acidentes como esse têm se tornado mais frequentes". A fala do representante sindical reacende o debate sobre os investimentos em manutenção e segurança nas plataformas da Bacia de Campos.